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Introdução à Teologia
Introdução à Teologia

Definição Etimológica: O termo teologia foi criado pelo grego Ferécides. O termo é extraido de dois vocábulos gregos a saber:
Theos: Significa Deus
Logia: Significa tratado ou Estudo sobre Deus
Sendo assim, Teologia é um estudo ou tratado sobre Deus.
Definição Técnica: Teologia é a ciência de Deus e das coisas divinas baseada na revelação feita ao homem por meio de Jesus Cristo e sistematizada em seus vários aspéctos no ãmbito da igreja cristã ( William Burtom Pop ). A teologia como ciência tem como principal objeto de estudo o Sr. Deus. ela parte do princípio de que o conhecimento a respeito do SupremoSer já tenha revelado. Esta revelação é o fundamento de todas as afirmações e pronunciamentos teológicos.O que não foi revelado não pode ser conhecido, estudado ou explicado. A teologia é a mais elevada reflexão acerca de Deus quando é biblicamente conservadora.
    A teologia abrange vários ramos, vejamos:
a. Teologia exegética -  Exegética vem da palavra grega que significa extrair. Esta teologia procura descobrir o verdadeiro significado das Escrituras.
b. Teologia Histórica -  Envolve o Estudo da História da Igreja e o desenvolvimento da interpretação doutrinária.

c. Teologia Dogmática -  É o estudo das verdades fundamentais da fé como se nos apresentam nos credos da igreja.
d. Teologia Bíblica - Traça o progresso da verdade através dos diversos livros da Bíblia e descreve a maneira de cada escritor em apresentar as doutrinas mais importantes.
    A Teologia Bíblica está dividida em duas partes:
·         Teologia Bíblica do Antigo Testamento.
·         Teologia Bíblica do Novo Testamento.

e. Teologia Sistemática - Neste ramo de estudo os ensinamentos concernentes a Deus e aos homens são agrupados em tópicos. AS PRINCIPAIS DOUTRINAS SÃO:
·         Doutrina de Deus
João 7 16 - 17 Respondeu-lhes Jesus: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por mim mesmo
A Existência de Deus
A Natureza de Deus
Os Atributos de Deus
·         Doutrina de Cristo
Mateus 1: 18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo.
Natureza de Cristo
Os Ofícios de Cristo
A Obra de Cristo
·          Doutrina do Espírito Santo
Romanos 8: 11 E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.
A Natureza do Espírito Santo
O Espírito Santo no Antigo Testamento
O Espírito Santo em Cristo
O Espírito Santo no Cristão
Os Dons do Espírito
·          Doutrina dos Anjos
Hebreus 1: 13 - 14 Mas a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés? Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?
Sua Natureza
Sua Classificação
Seu caráter
Sua Obra
Reino das trevas
·          Doutrina do Homem
Mateus 19: 4 Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher,
A Origem do Homem
A Natureza do Homem
A Imagem de Deus no Homem
·         Doutrina da Salvação
Romanos 3: 24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
A Natureza da Salvação
Justificação
Regeneração
Santificação
·         Doutrina da Igreja
Atos 11: 22 Chegou a notícia destas coisas aos ouvidos da igreja em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia;
A Natureza da Igreja
A Fundação da Igreja
As Ordenanças da Igreja
A Organização da Igreja
·         Doutrina do Pecado
Rm 3.23 - Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus.
Origem do Pecado
A natureza
Consequências
·         Doutrina das Escrituras
2 Tm 3.16 - Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver.
A necessidade das Escrituras
A inspiração
Os materiais
·         Doutrina das Últimas Coisas
Mateus 24: 3 E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo.
Sinais da Vinda de Jesus
Arrebatamento da Igreja
Tribunal de Cristo
Bodas do Cordeiro
Grande tribulação
Milênio
Juízo do Trono Branco
1.    Objetivos da Teologia
1. Demonstrar a existência de Deus
            O mundo revela-se imperfeito, por isso não pode ter em si a causa do seu ser e do seu operar. Logo, deve-se remontar à um ser perfeito, Deus, que é, sem dúvida, o criador do mundo que Ele tira do nada. Conclui-se, então, que a finalidade primeira da Teologia é demonstrar a existência de Deus, posto que provada já está e dispensa qualquer esforço nesta direção, e produzir conhecimento correto da sua personalidade e do seu caráter.
2. Explicar o Homem e sua queda
            Entre as coisas criadas, o ser humano merece destaque especial em razão das peculiaridades curiosas e impressionantes do seu existir. Sendo assim, a Teologia procura explicar quem é, o que é e para quê o homem, demonstrando e explicando suas peculiaridades existenciais e buscando sempre sua origem primeira e seu fim último. Nessa busca, a mais drástica constatação em conexão ao homem, e que produz conseqüências tanto no presente, quanto no futuro, é sua queda. Portanto, deve a Teologia explicar a origem, a extensão e a natureza dessa queda.
3. Explicar a restauração
            A constatação da queda leva a uma necessidade: a de restauração. Esta necessidade depreende-se do fato que o homem é criatura de Deus e, sendo assim, não deve ter sido feito para a ruína. Por outro lado, verifica-se o empenho que o homem tem feito para desvencilhar-se desse problema. Logo, a restauração é uma necessidade e uma possibilidade e é algo que somente o Criador pode realizar. A Teologia deve também explicar essa restauração.
4. Explicar o mundo vindouro e preparar o homem para ele
            Existem evidências da existência de um mundo após a morte, de além-túmulo, e da vocação inata no homem à eternidade. A Teologia, logo, não poderia furtar-se ao nobre propósito de explicar esse mundo e de preparar o homem para nele entrar, após seu desaparecimento da terra, visto que nenhuma outra forma de conhecimento o pode fazer.
            É neste ponto que a Teologia é superior às demais ciências, pois enquanto estas lhe dão conhecimento apenas do mundo presente, que é por natureza transitório, a Teologia torna o homem sábio para a posse da vida eterna, preparando-o para viver no mundo vindouro.
2.     Fontes da Teologia
            As fontes da Teologia são os lugares de onde ela retira seus dados. Eles estão, praticamente, em todos os lugares, mas de forma desordenada, não sistemática. São necessários esforço mental, disciplina, clareza, perspicácia e paciência tanto na coleta, como na análise e classificação dos dados. Geralmente são reconhecidos a natureza, o homem, a sociedade, a história, as ciências, as Escrituras Sagradas e a Igreja como fontes autorizadas da Teologia. Neste curso, abordaremos a NATUREZA, as ESCRITURAS e a IGREJA.
1. A Natureza
            No que concerne a existência e aos principais atributos de Deus, a natureza é a primeira fonte. Teólogos e cientistas naturais estão de acordo neste aspecto. Davi declarou que "os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento as obras de suas mãos" (Sl 19.1). Paulo ensinou aos cristãos de Roma que Deus, seu poder, sua divindade e suas atividades são claramente vistos e entendidos por meio das coisas que Ele criou (Rm 1.18-20).
2. As Escrituras Sagradas
            O mundo antigo conheceu muito sobre Deus, através de revelações pessoais que fazia a muitos homens. Mas a tradição corrompeu as informações daquelas revelações. Por isso, Deus nos deu uma revelação escrita, perene e infalível: as Escrituras Sagradas, ou Bíblia. Nelas Deus revela ao homem tudo quanto precisa saber a seu respeito, ao passado e ao futuro, permitindo-lhe uma compreensão do presente e uma perspectiva do futuro.
            Nenhum esforço humano foi capaz de produzir conhecimento completo de Deus, pelo que Deus mesmo tomou a iniciativa de revelar-se por meio de sua Palavra. As Escrituras se constituem na fonte mais clara, precisa e completa de conhecimento teológico; constituem-se na "fonte por excelência" e no fundamento principal da Teologia.
3. A Igreja
            A comunidade das pessoas que professam Fé em Jesus Cristo e que procedem nesta vida conforme seus ensinos, esta é a Igreja. Este é um fato teológico dos mais ricos e que mais têm inquietado aqueles que negam a existência de Deus. Todo o labor teológico de forma metódica e sistemática tem sido desenvolvido em função da existência da Igreja. Nestes dois mil anos de vida terrena, nos quais tem sofrido os mais cruentos ataques dos inimigos e dos quais tem saído vencedora absoluta, a Igreja tem muito que dizer e ensinar àqueles que se dedicam ao estudo das verdades divinas.
            Como ela tem sobrevivido em meio a tantas lutas, e como tem conservado intactas suas doutrinas cardeais (que são suas crenças fundamentais) só pode ser explicado pelo fato de que o Deus no qual crê é real e amigo dos que se aproximam dEle. Vale recordar as palavras do Mestre excelente: "(...) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16.18).  O conhecimento expressado nas Escrituras é plenamente experimentado pela Igreja, tornado real, prático e posto mais facilmente ao alcance de todos. Se alguém desejar conhecer a Deus e saber como alcançar seu favor, é só se envolver com a Igreja. As Escrituras declaram que ela é a agência de Deus na terra. Portanto, é uma preciosíssima fonte.
3.    A HISTÓRIA DA TEOLOGIA
Analisaremos o processo progressivo da Teologia, no transcorrer da história.
a.    O Período Patrístico - 100  A 451 DC
    TEÓLOGO E SUA CONTRIBUIÇÃO:
·         JUSTINO MÁRTIR (C100 – C165 DC) Apologia em defesa da fé cristã frente ao paganismo.
·         IRINEU DE LION (C130 – C200 DC) Apologia da fé cristã em face do gnosticismo.
·         ORÍGENES (C185 –C254 DC) Apologista.
Contribuição em duas áreas: Interpretação alegórica e Cristologia (heresia
ariana)
·         TERTULIANO (C160 – C225 DC) Pai da teologia latina.
Unidade do VT E NT
Bases da doutrina da trindade.
Suficiência das Escrituras.
·         ATANÁSIO (C296 – C373 DC) Cristologia – a Encarnação.
b.    A Idade Média. Durante a Idade Média, o estudo bíblico esteve completamente subordinado ao dogma eclesiástico. A teologia Bíblica foi usada apenas para reforçar os ensinos dogmáticos da Igreja, os quais eram fundamentados na Bíblia e na tradição da Igreja. A Bíblia era interpretada pela tradição histórica  e a Igreja a considerava como fonte da teologia dogmática.
c.    A Reforma. Os reformadores reagiram contra o caráter não Bíblico da teologia dogmática e insistiram em que a teologia deve estar fundamentada apenas na Bíblia. Berkhof diz que o  lema dos reformadores era: "A Igreja não determina o que as Escrituras ensinam, mas as Escrituras determinam o que a Igreja deve ensinar". O princípio fundamental era: "Scriptura Scripturae interpres, isto é, a Escritura é intérprete da Escritura".[1]
d.    Escolasticismo Ortodoxo. Os resultados obtidos pelos estudos históricos da Bíblia, realizados pelos reformadores, logo  perderam-se no período imediatamente após a reforma, e a Bíblia foi mais uma vez utilizada sem uma perspectiva crítica e histórica, para servir de apoio à doutrina ordotoxa. A história foi completamente absorvida pelo dogma e a filologia tornou-se um ramo da dogmática.
4.    Tendências Contemporâneas
4.1. Teologia Católica
      A Igreja Católica defende o uso da teologia enquanto ciência ou estudo racional, mas assente sempre na obediência à , que estuda sistematicamente e com método a Revelação divina na sua totalidade, que está compilada na chamada Tradição. A Tradição tem uma parte oral e uma parte escrita que está centrada na Bíblia. As conclusões da Teologia faz evoluir a compreensão e definição da doutrina católica.
Os métodos usados, os tópicos estudados e as suas disciplinas são semelhantes às outras teologias das principais confissões cristãs, algo que tem muito a ver com a sua base comum. Mas a sua interpretação das verdades reveladas e posterior definição das doutrinas apresentam diferenças em relação às suas congéneres cristãs, nomeadamente na questão da veneração dos santos e da Virgem Maria, dajustificação, da infalibilidade e primazia do Papa, da noção de verdadeira Igreja de Cristo, da composição dos cânones da Bíblia e da validade da Tradição oral.
4.2. Teologia Protestante
      Entre os fundadores da teologia protestante estão alguns conhecidos como Lutero, Calvino, Zwinglio e Melanchton. Suas teologias são como um documento original de fé para os evangélicos ou, pelo menos, deveriam ser.
 O conteúdo doutrinal da teologia protestante é o resultado da aplicação sistemática e coerente do princípio que a salvação deriva imediatamente, diretamente e exclusivamente de Deus. Eliminando, desta forma, qualquer intermediário possível que não seja Cristo. A salvação é pela fé na palavra de Deus e o batismo é o atestado do seu perdão. Através deste, os cristãos fazem parte da comunidade dos salvos, isto é, a igreja, que conforme Lutero é o lugar em que a Palavra de Deus é pregada e ouvida e em que os sacramentos são administrados segundo a instituição de Cristo". As boas ações mostram a transformação e as ações do Espírito Santo nas vidas.
      Quanto a forma, a teologia protestante dos fundadores tinha caráter bíblico e assistemático. Condenava o uso da razão na teologia e a utilização da filosofia na interpretação bíblica. Acreditava que a razão era uma prostituta, filha de Satanás e corrompida, por isso era absolutamente incapaz de conhecer a Deus e entender as realidades espirituais. Mas cria no racionalismo como sendo a principal causa da corrupção bíblica. Para os fundadores a forma de tornar à pureza original era libertar o evangelho da filosofia.
4.3. Teologia da Libertação
     A teologia da libertação é uma corrente teológica que engloba diversas teologias cristãs[1]desenvolvidas no Terceiro Mundo ou nas periferias pobres do Primeiro Mundo a partir dos anos 70 do século XX, baseadas na opção preferencial pelos pobres contra a pobreza e pela sua libertação. Desenvolveu-se inicialmente na América Latina.
    Estas teologias utilizam como ponto de partida de sua reflexão a situação de pobreza eexclusão social à luz da fé cristã. Esta situação é interpretada como produto de estruturas econômicas e sociais injustas, influenciada pela visão das ciências sociais, sobretudo a teoria da dependência na América Latina, que possui inspiração marxista.
    A situação de pobreza é denunciada como pecado estrutural e estas teologias propõem o engajamento político dos cristãos na construção de uma sociedade mais justa e solidária, cujo projeto identifica-se com ideais da esquerda. Uma característica da Teologia da Libertação é considerar o pobre, não um objeto de caridade, mas sujeito de sua própria libertação. Assim, seus teólogos propõem uma pastoral baseada nas comunidades eclesiais de base, nas quais os cristãos das classes populares se reúnem para articular fé e vida, e juntos se organizam em busca de melhorias de suas condições sociais, através da militância no movimento social ou através da política, tornando-se protagonistas do processo de libertação. Além disto, apresentam as Comunidades Eclesiais de Base como uma nova forma de ser igreja, com forte vivência comunitária, solidária e participativa.
    Por seu método e opções políticas, trata-se de uma teologia extremamente controversa, tanto pelas suas implicações nas igrejas quanto na sociedade. A partir dos anos 1980, com a redemocratização das sociedades latino-americanas e a queda do muro de Berlim com consequente crise das esquerdas e as transformações sociais e econômicas provocadas pelaglobalização e o avanço do neoliberalismo esta teologia perdeu parte de sua combatividade política e social.
   4.4. Teologia da Prosperidade
    Teologia da prosperidade, também conhecida como confissão positiva, palavra da fé,movimento da fé e evangelho da saúde e da prosperidade, é um movimento religioso surgido nas primeiras décadas do século XX nos Estados Unidos da América. Sua doutrina afirma, a partir da interpretação de alguns textos bíblicos como Gênesis 17.7, Marcos 11.23-24 e Lucas 11.9-10, que os que são verdadeiramente fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente situação na área financeira, na saúde, etc.
    O pioneiro desse movimento foi o estado-unidense Essek. M Kenyon, enquanto o maior divulgador foi Kenneth Hagin, que influenciou a muitos pregadores nos Estados Unidos que ganharam reconhecimento mundial, como Kenneth Copeland, Benny Hinn, David (Paul) Yonggi Cho, entre outros. A Partir dos anos 70 e 80, a teologia da prosperidade se estendeu a muitos paises, incluindo Portugal, onde se destacou Jorge Tadeu, fundador da Igreja Maná, e também o Brasil. Ao longo dos anos essa doutrina foi abraçada principalmente por igrejas neo-pentecostais. No Brasil, as maiores igrejas desse movimento são a Igreja Universal do Reino de Deus, do Bispo Macedo, aIgreja Internacional da Graça de Deus, do Missionário R.R. Soares, a Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo Apóstolo Waldemiro Santiago, também dissidente da Igreja Universal, a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada pelo casal Estevam e Sônia Hernandes, além da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, de Valnice Milhomens
   4.5. Teologia da Esperança
Escatologia é identica à doutrina da esperança cristã, que abrange tanto aquilo que se espera como o ato de esperar, suscitado por esse objeto. O cristianismo é total e visceralmente escatologia, e não só como apêndice, ele é perspectiva, e tendência. Jürgen Moltmann foi o criador da Teologia da Esperança. Em sua teologia ele aborda a escatologia, onde a esperança tem seu objetivo cumprido. Segundo seu conceito, a esperança cristã é criativa: “Nós não somos só interpretes do futuro, mas já os colaboradores do futuro, cuja força, na esperança como na realização, é Deus”.
Jürgen Moltmann inspirou-se na Filosofia da Esperança de Ernest Bloch. Aplicando à escatologia a categoria de futuro de Bloch, ele desejava uma renovação na teologia cristã e na praxis da comunidade cristã.
Jürgen Moltmann é o teólogo que articula um projeto de teologia escatológica desenvolvida como doutrina da esperança e da praxis da esperança. Em 1964 Jürgen Moltmann publicou sua Teologia da Esperança contendo como subtítulo Pesquisa Sobre os Fundamentos e Sobre as Implicações de uma Escatologia Cristã. Esta obra vem, segundo o teólogo holandês J. M. Jong, abalar os campos teológicos bartiano e bultimaniano. “A obra enunciava o principio teológico da primazia da esperança e traçava as linhas de uma cristologia escatológica e de uma eclesiologia messiânica” .
A Teologia da Esperança baseia-se na Ressurreição do Cristo crucificado. A cruz, que representa os nossos sofrimentos, mostra a profundidade da esperança cristã. A cruz tem sua importância, porém, na cristologia escatológica de Jürgen Moltmann, é um estado intermediário do caminho de Cristo.
Enquanto a cristologia tradicional está voltada para o passado, a cristologia de Jürgen Moltmann está voltada para um futuro em Cristo. Esse futuro de Cristo traz algo radicalmente novo sem estar separado da realidade presente, isto é, como um futuro “virtual”, ele exerce influência sobre o presente despertando esperanças. A esperança cristã espera do futuro de Cristo algo novo que ainda não ocorreu, espera que se cumpra em todos a justiça de Deus que foi prometida por meio de para frente e, por isso mesmo, renovação, e transformação do presente. Em todo o Novo Testamento, a esperança cristã se dirige para o ainda não visível, o "esperar contra a esperança" que julga o visível e experimentável como uma realidade abandonada por Deus e a ser superada.
A esperança cristã é uma esperança de ressurreição e demonstra sua verdade pela contradição entre o presente e o futuro por ela visualizado, futuro de justiça contra o pecado, de vida contra a morte, de glória contra o sofrimento, de paz contra a divisão. É nessa contradição que a esperança deve mostrar sua força.
Muito mais significativo é apresentar a esperança como o fundamento e a mola mestra do pensamento teológico em geral e introduzir as perspectivas escatológicas na afirmações sobre a revelação de Deus, sobre a ressurreição de Cristo, sobre a missão da fé e sobre a história. A ressurreição é a prefiguração do algo novo que há de vir.
   4.6. Teologia Neo-Pentecostal
    O Neopentecostalismo é uma vertente do evangelicalismo que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais (batistas, presbiterianos, etc). Surgiram sessenta anos após o movimento pentecostal do início do século XX (1906, na Rua Azuza), ambos nos Estados Unidos da América.
Em alguns lugares são chamados de carismáticos, tendo como exceção oBrasil, onde essa nomenclatura é reservada quase exclusivamente para um movimento dentro da Igreja Católica chamado Renovação Carismática Católica, mas aos poucos o termo vem sendo resgatado por pentecostais e neopentecostais no País.
As igrejas neopentecostais se baseiam em uma doutrina conhecida como "confissão positiva", também chamada Teologia da Prosperidade. De acordo com o Dictionary Of Pentecostal And Charismatic Movements (Dicionário dos Movimentos Pentecostal e Carismático), "Confissão positiva é um título alternativo para a teologia da fórmula da fé ou doutrina da prosperidade promulgada por vários televangelistas contemporâneos, sob a liderança e a inspiração de Essek William Kenyon. A expressão "confissão positiva" pode ser legitimamente interpretada de várias maneiras. O mais significativo de tudo é que a expressão "confissão positiva" se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão.
De acordo com Paulo Romeiro, em seu livro "Super Crentes, o Evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os Profetas da Prosperidade ", é a corrente doutrinária que ensina que uma vida medíocre do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem-sucedido é a plena saúde física, emocional e espiritual, além da prosperidade material. Pobreza e doença são resultados visíveis do fracasso do cristão que vive em pecado ou que possui fé insuficiente.
Outros ensinamentos comuns em igrejas neopentecostais são a batalha espiritual (confronto espiritual direto com os demônios), maldições hereditárias, possessão de crentes (domínio demoníaco sobre as pessoas, resultando em doenças ou fracasso), etc. Justamente a ênfase que as denominações neopentecostais dão a esses ensinos que as levam a ser bastante criticadas pelas demais denominações protestantes. Segundo os críticos, o sucesso do movimento teria seu fundamento na pulverização teológica promovida por Mary Baker depois por Essek William Kenyon ao misturar o gnosticismo das religiões metafísicas com o cristianismo pentecostal.
CONCLUSÃO. Precisamos de um retorno urgente aos padrões de vida registrados em Atos dos Apóstolos; é extremamente necessário que o Espírito Santo volte a exercer sua função de conduzir a vida dos crentes, inspirar a exposição das verdades relacionadas a fé, e validar a pregação com os sinais e maravilhas preconizados por Jesus Cristo (Mc 16.16ss) e que seguiram os primitivos apóstolos. É aproximando-nos de Deus numa relação de conhecimento transformador que alcançaremos esse padrão de vida cristã.
            E esta é uma das vontades de Deus em relação a nós que é perfeita e agradável, então...
            “CONHEÇAMOS E PROSSIGAMOS EM CONHECER AO SENHOR NOSSO DEUS”.
REFERÊNCIAS
·         Caderno 01 de Teologia. IGAM. José Lima dos Santos.
·         Apostila de Teologia do Novo Testamento - VIDA NOVA COMUNIDADE PENTECOSTAL. Projeto Teologia ao alcance de todos. WWW.vncp.com.br
·         Wikipédia, A Enciclopédia Livre.